SALTO REGISTROU 1.135 MILÍMETROS DE CHUVA EM 2022

Apesar de retorno ao patamar anterior a 2021, números mostram grande desequilíbrio no volume de chuvas ao longo dos meses

Dados do posto pluviométrico do SAAE, instalado na ETA Bela Vista, registraram ao longo do ano passado um total de 1.135,6 milímetros de chuva em Salto. O mês com a maior precipitação foi janeiro, com 284 milímetros, seguido por dezembro, com 246,6 mm – chuvas geralmente torrenciais, típicas do verão. O oposto ocorreu em julho, quando choveu em todo mês apenas em um único dia, e apenas 4,2 milímetros.

Apesar de mostrar um retorno ao patamar anterior a 2021 – em que choveu somente 771,3 mm e foi considerado o pior ano de chuvas do século -, nesse levantamento é possível ver também o desequilíbrio na distribuição do volume ao longo de 2022, o que tem causado variações e instabilidade nos níveis dos ribeirões, principalmente do Buru. Entre abril e agosto, por exemplo, houve estiagem na nossa cidade, com o índice desses cinco meses somando apenas 102,8 milímetros – o que é menos que março sozinho (ver tabelas e gráfico abaixo).

Salto não possui ainda uma represa, o que permitiria armazenar água bruta de períodos chuvosos para os períodos mais secos. A Barragem do Piraí teve o edital de construção publicado no dia 30 de novembro. Ela beneficiará as cidades de Salto, Itu, Indaiatuba e Cabreúva com um volume estimado de 9,7 bilhões de litros de água.

Volume mensal de chuvas em 2022 – Fonte: SAAE/CTH-DAEE

COLETA DE ÍNDICES –  O pluviômetro da ETA Bela Vista é do tipo manual, um equipamento de formato cilíndrico e funil para a entrada da chuva. A verificação do volume é feita sempre às 7 horas da manhã por técnicos do SAAE, com a coleta em uma proveta de medição.

A quantidade de chuva do dia anterior é anotada e esses relatórios entregues ao Centro Tecnológico de Hidráulica (CTH) do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo. Cada milímetro de chuva corresponde a um litro de água por metro quadrado.

Volume dos últimos cinco anos. 2019 foi o de mais chuvas na cidade nesse período; 2021, o de menos – Fonte: SAAE/CTH-DAEE